Olá leitores do blog. A cada dia me revolto com rumo que o nosso país está tomando. A LAMA que suja o nosso País, se tornou real e invadiu o Estado de Minas Gerais e o Espírito Santo e deixou mortos, feridos, cidades destruídas, um rio morto, dor e desespero para milhares de famílias.
Estou me referindo as duas barragens da mineradora Samarco que se romperam na cidade de Mariana
(MG), nessas barragens havia lama, rejeitos
sólidos e água. Esses detritos são resultado da mineração na região.
Centenas de residências foram atingidas pela onda de lama e dejetos.
Oficialmente, o número de mortos é de 11 pessoas e o de desaparecidos,
12, sinceramente, eu não acredito nesses números. Pela velocidade e violência como tudo aconteceu, pelas imagens mostradas e por tantas cidades atingidas, fica difícil saber a verdade. Os detritos das barragens tomou conta do rio Gualaxo e chegaram ao
município de Barra Longa, a 60 km de Mariana e a 215 km de Belo
Horizonte. Seis localidades de Mariana, além de Bento Rodrigues, foram
atingidas. Segundo especialistas, a lama que desce pelo rio Doce
atingirá, no total, uma área de cerca de 10 mil quilômetros quadrados no
litoral capixaba – área equivalente a mais de seis vezes o tamanho da
cidade de São Paulo.
Vocês acreditam em contos de fadas? Eu não. A mineradora garantiu que nos aproximadamente 62 milhões de metros
cúbicos de rejeitos de minério de ferro liberados durante o acidente não há nada tóxico, que afete a saúde das pessoas. Em estudos preliminares foram encontrados resíduos de metais pesados na lama, apontando na cidade de Governador Valadares por exemplo um índice de ferro 1.366.666% acima do tolerável para
tratamento – um milhão e trezentos mil por cento além do recomendado”.
Há também altos níveis de manganês, que “superam o tolerável em
118.000%, enquanto o alumínio estava presente com concentração 645.000%
maior do que o possível para tratamento e distribuição aos moradores”.
O Rio Doce morreu. Ribeirinhos,
agricultores, peixes, gado e animais silvestres integram longa lista de
atingidos pela catástrofe que alcançou o Oceano Atlântico pelo leito do
Rio Doce. Uns não podem mais usufruir das águas. Outros morreram
vítimas delas. O rio era a vida da região, era a subsistência de milhares de pessoas. O que já foi vida, está morto.
Em qualquer lugar do mundo, quando acontecem trajédias
ambientais como essa, a multa é pesada, do tamanho do estrago ao meio ambiente. Bilhões e bilhões de dólares, Quando uma empresa exerce uma atividade tão lucrativa como a Samarco, assumiu todos os lucros e os riscos também. Nesse momento o que menos interessa é como eles vão pagar e sim que eles devem pagar civilmente e criminalmente, afinal, não tem reparação às pessoas que perderam a vida, seus bens, sua subsistência, tiveram sua história levada pela lama e pelo desespero. Muito difícil... muito difícil...